Qual melhor: Cremação ou Sepultar?

Leia aqui um resumo do vídeo de Jam Val Ellam sobre “Cremar ou enterrar?”:

Jan Val Ellam discute sobre a escolha entre cremação e enterro após a morte. Ele enfatiza que a vida é uma fonte de informações que são registradas no corpo, mas após a morte, o eu espiritual continua sua jornada em um corpo espiritual. Ele afirma que, para aqueles que viveram bem e lidaram adequadamente com as informações da vida, a cremação ou enterro não faz diferença, pois o “eu espiritual” não é afetado. No entanto, para aqueles que tiveram dificuldades em administrar suas emoções e memórias, a cremação pode ser melhor, pois ajuda o espírito a se separar do corpo físico e enfrentar os fatos de forma mais madura.

Destaques

  • A vida registra informações no corpo e após a morte o eu espiritual continua sua jornada.
  • Para aqueles que viveram bem, cremação ou enterro não faz diferença.
  • Cremação pode ser melhor para espíritos que tiveram dificuldades em administrar emoções e memórias.
  • Cremação promove um convite ao amadurecimento mais rápido.
  • O importante é viver com dignidade e ser o gestor da própria condição humana.
  • A morte deve ser a consequência natural do processo da vida humana.

Índice

Qual melhor: Cremação ou enterrar?

Qual melhor? Cremação ou enterrar?

Introdução

A vida é uma jornada repleta de aventuras, e a morte também faz parte desse ciclo. Durante nossa existência, absorvemos informações e interagimos com o mundo ao nosso redor, seja através de experiências, relacionamentos ou produção de conhecimento. Essas informações são registradas em nosso ser, tornando-se uma parte intrínseca de nossa essência. A natureza, por sua vez, tem uma obsessão neurótica por informações, refletida até mesmo em nosso próprio corpo biológico.

O Registo de Informações no Corpo

Os corpos masculinos, por exemplo, produzem milhares de novos espermatozoides a cada pulsação do coração. Isso ocorre porque o corpo está gravando as últimas informações que foram registradas no cérebro através de sinapses. Assim, durante uma relação sexual, os espermatozoides carregam consigo essas informações, potencialmente transmitindo-as ao óvulo feminino. Essa mesma dinâmica ocorre durante a maturação do óvulo feminino, demonstrando o quão obcecada a natureza é por informações.

O Processo de Morte e o Eu Espiritual

No momento em que o corpo morre e o cérebro para de funcionar, encerra-se o processo de receber informações sensoriais que o tronco encefálico transmitia para o tálamo e, em seguida, para o hipotálamo e os lobos parietais e temporais. Todo o processo de organização da informação é interrompido porque o corpo cessou suas funções. No entanto, o “eu” que habitava aquele corpo continua a existir, assistindo ao filme de sua própria vida e sendo atraído por um túnel que o leva a algum lugar.

A Importância do Rito de Sepultamento ou Cremação

Durante esse período de transição, surge a questão: o que acontece com o eu espiritual enquanto o corpo físico é enterrado ou cremado? Será que essa ação pode afetar o bem-estar ou mal-estar do eu espiritual?

  • O “eu espiritual” daqueles que viveram plenamente, lidando com informações complexas e trabalhando todas as necessidades do corpo, já possui um vasto acervo de informações arquivadas. Esses registros incluem hábitos alimentares, padrões psicológicos, experiências sexuais e características temperamentais. Quando o filme da consciência é exibido no momento da morte do corpo físico, essas informações são acessadas.
  • No entanto, a maneira como o corpo é tratado após a morte, seja por meio de sepultamento ou cremação, não tem importância significativa para o eu espiritual. O eu não percebe ou sente esse processo. Em questão de minutos ou horas, ele já está ancorado em sua nova condição, agora residindo no corpo espiritual.

O Peso das Informações Mal Administradas

Porém, se o eu espiritual estiver apegado às questões terrenas, como ressentimentos, mágoas ou preocupações materiais, esse apego pode prejudicá-lo. O eu espiritual que não soube administrar adequadamente as informações com as quais interagiu e produziu, enfrentando as consequências dessas interações, pode ficar aprisionado em um ciclo mental perturbador.

  • Nesse estado, o eu espiritual revive incessantemente memórias e emoções mal resolvidas, preso a um pesadelo. Ele não percebe nenhuma realidade espiritual, não enxerga túneis, luzes ou qualquer outra coisa. Ele permanece imerso naquele pesadelo, muitas vezes sem perceber que está morto.

A Escolha entre Sepultamento e Cremação

A escolha entre sepultamento ou cremação não faz diferença significativa para o eu espiritual em sua jornada após a morte do corpo físico. No entanto, existem considerações práticas a serem feitas.

  • No caso da cremação, o impacto inicial pode ser sentido pelo eu espiritual, uma vez que ele presencia a queima de seu próprio corpo. No entanto, esse impacto é breve e pode ser benéfico, pois o ajuda a se desprender mais rapidamente do corpo físico, evitando anos de tormento.
  • Por outro lado, no caso do sepultamento, o eu espiritual permanece sobreposto ao corpo enterrado, pois não deseja que outros espíritos percebam sua condição desprovida de corpo físico. Somente quando os vermes começam a agir é que ele é forçado a enfrentar os fatos. Esse processo pode levar muito tempo.

Questões Kármicas e Consequências

Para espíritos que têm questões kármicas não resolvidas ou que causaram sofrimento a outros, seja nesta ou em vidas passadas, o sepultamento ou a cremação não farão diferença. Aqueles que não perdoaram o espírito faltoso exigirão cobranças, independentemente do método de disposição do corpo. Essa cobrança é resultado da lei da ação e reação, da causa e do efeito. Se semeamos o mal, colheremos as consequências.

Conclusão

Ao refletirmos sobre a importância da cremação e o processo de transição espiritual, percebemos que, em geral, a cremação é mais indicada. Além de ser um processo mais higiênico e prático para a biosfera, a cremação desafia o eu espiritual a assumir uma postura mental mais madura e a compreender que sua natureza biológica morreu. É importante lembrar que a morte com dignidade deve ser uma consequência natural de uma vida vivida da melhor maneira possível.

Espero ter contribuído para a reflexão sobre esse assunto tão importante para todos nós. Independentemente do método escolhido, o fundamental é vivermos da melhor forma possível, gerenciando nossa própria condição humana.

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