Experiências de Quase-Morte: Um Olhar Científico e Espiritual

Introdução

Neste post, exploraremos o fascinante tema das experiências de quase-morte (EQMs). Muitas pessoas têm mostrado interesse nesse assunto, e é por isso que Carlos de Moura Ribeiro, bacharel em física e pesquisador nessa área, decide compartilhar seus conhecimentos e perspectivas. As EQMs são eventos em que indivíduos relatam experiências profundas durante um estado próximo à morte clínica. Vamos mergulhar nesse tema intrigante e discutir as implicações científicas e espirituais das EQMs.

O Surgimento das Experiências de Quase-Morte

As experiências de quase-morte não são um fenômeno novo. Elas têm sido relatadas ao longo da história e foram mencionadas por filósofos como Platão e pelo fundador da psicanálise, Carl Jung. No entanto, o termo “experiência de quase-morte” foi criado pelo médico norte-americano Raymond Moody em 1975. Ele descreveu relatos de pessoas que retornaram de situações em que foram consideradas clinicamente mortas.

O Livro “Vida Além da Vida”

Um marco importante no estudo das EQMs foi o livro “Vida Além da Vida”, escrito pelo médico holandês Pim van Lommel e publicado em 2001. Van Lommel conduziu uma pesquisa prospectiva com mais de 300 casos de EQMs, fornecendo uma visão científica mais aprofundada sobre o assunto. Esse estudo despertou o interesse da comunidade médica e trouxe mais credibilidade ao campo das EQMs.

O Crescimento dos Estudos sobre EQMs

Desde então, muitos médicos e pesquisadores, principalmente nos Estados Unidos, Reino Unido, Holanda e Canadá, têm se dedicado ao estudo das EQMs. Com o avanço das técnicas de ressuscitação e o uso de desfibriladores, cada vez mais pessoas que teriam morrido têm retornado à vida. Aproximadamente 5% desses casos de ressuscitação relatam ter vivenciado uma EQM.

A Transformação da Percepção das EQMs

No passado, as pessoas que relatavam EQMs eram frequentemente consideradas loucas ou eram desencorajadas a falar sobre suas experiências. No entanto, à medida que a ciência passou a investigar o assunto de maneira mais séria, a percepção das EQMs começou a mudar. Atualmente, mais pessoas estão dispostas a compartilhar suas experiências, e a ciência está começando a abordar o tema com mais seriedade.

A Experiência Pessoal de Carlos de Moura Ribeiro

Carlos de Moura Ribeiro, compartilhou sua própria experiência pessoal de quase-morte. Quando tinha 12 anos, ele teve um momento em que se sentiu à beira da morte e, diante da falta de respostas sobre a existência, tornou-se ateu. Mais tarde, sua jornada o levou a estudar física.

A Busca por Respostas

Vivemos em um momento complicado e individualista no planeta, e é fundamental ampliar nossa compreensão sobre o que estamos fazendo aqui. O autor, como físico, acredita que é necessário nos reinventarmos como seres humanos e compartilhar conhecimento como um ato de amor. Ele destaca que muitas pessoas podem estar desesperadas em busca de respostas e que é preciso oferecer uma perspectiva mais amorosa e altruísta para lidar com os desafios atuais.

A Diversidade das Experiências

Durante as entrevistas realizadas pelo autor, ele observou a diversidade das experiências de quase morte. Alguns relatos mencionam uma conexão com o inconsciente coletivo, enquanto outros descrevem sensações de fusão com a luz. As experiências variam desde uma perspectiva de fora do corpo até a percepção de caminhos e túneis. Algumas pessoas relatam apenas ouvir ou ver, enquanto outras têm experiências mais complexas, como ver a própria boca mexendo ou escutar de forma telepática.

A Complexidade das Experiências de Quase Morte

Embora existam padrões comuns nas experiências de quase morte, é importante reconhecer a diversidade e não reduzir todas as experiências a um modelo simplificado. Assim como no nascimento, onde há uma infinidade de formas de nascer, as experiências de quase morte também possuem suas peculiaridades. Cada experiência é única e possui um conjunto de elementos que não podem ser completamente compreendidos ou explicados apenas pela ciência.

A Física Quântica e as Experiências de Quase Morte

O autor destaca a contribuição da física quântica na compreensão das experiências de quase morte. Ele menciona o trabalho de Erika Guarnieri, que tentou formalizar uma compreensão dessas experiências utilizando os princípios da física quântica. Embora seja um desafio compreender essas experiências complexas com as limitações da ciência atual, a física quântica pode fornecer insights importantes.

A Realidade das Experiências de Quase Morte

Existem relatos de pessoas que, durante suas experiências de quase morte, presenciaram eventos que foram testemunhados por outras pessoas. Isso sugere que a consciência pode transcender os limites do corpo físico. Essas experiências compartilhadas são evidências de que as experiências de quase morte são um fenômeno real.

A Experiência de Crianças

Um aspecto interessante da experiência de quase morte é a sua ocorrência em crianças. Existem relatos de crianças que, após passarem por situações de risco de vida, demonstram talentos e conhecimentos que não possuíam anteriormente. Alguns relatos mencionam crianças falando sobre situações que presenciaram durante a operação ou descrevendo encontros com entidades divinas. Embora esses relatos devam ser interpretados com cuidado, eles sugerem a possibilidade de que a experiência de quase morte possa desencadear mudanças na percepção e no desenvolvimento das crianças.

Projeção Astral e Desdobramento

A projeção astral é um tema frequentemente relacionado à experiência de quase morte. Algumas pessoas afirmam ter a capacidade de projetar suas consciências para fora do corpo físico e explorar outros planos de existência. No entanto, é importante ressaltar que a ciência ainda não oferece uma explicação definitiva sobre esse fenômeno. A projeção astral e o desdobramento são assuntos que têm sido objeto de interesse de físicos quânticos e pesquisadores, mas ainda carecem de uma compreensão científica completa.

A Relação entre Ciência e Espiritualidade

Muitas pessoas se questionam se a ciência e a espiritualidade podem se aproximar e encontrar um ponto de convergência na compreensão da experiência de quase morte. Enquanto a ciência busca explicar os fenômenos com base em evidências observáveis e mensuráveis, a espiritualidade abrange uma dimensão subjetiva e transcendental da existência humana. Essas duas perspectivas podem parecer contraditórias em alguns aspectos, mas também podem oferecer insights complementares sobre a natureza da consciência e da realidade.

A Inefabilidade da Experiência

Um dos principais desafios ao se tentar compreender a experiência de quase morte é a sua inefabilidade. Muitas pessoas relatam dificuldades em expressar em palavras as sensações e os eventos vivenciados durante a experiência. A visão de 360 graus, a percepção de sentimentos intensos como o amor e a sensação de estar fora do tempo e do espaço são apenas alguns exemplos das experiências descritas como inexprimíveis. A falta de vocabulário e a limitação da linguagem para descrever tais experiências tornam ainda mais complexo o entendimento desse fenômeno.

A Natureza do Perdão e sua Influência no Futuro

O autor reflete sobre a ideia do perdão e sua relação com o passado, presente e futuro. Ao considerar um exemplo pessoal de alguém que foi roubado há dez anos e nunca perdoou o perpetrador, ele observa como o passado influencia o futuro. Ao perdoar, a pessoa esquece o que aconteceu, pois perdoar é esquecer. Essa mudança de perspectiva afeta a forma como a pessoa se torna no futuro. Portanto, a questão do perdão evidencia a complexidade e sutileza da relação entre passado, presente e futuro.

A Terceira Dimensão e a Percepção do Tempo

O autor menciona que estamos na terceira dimensão, onde sentimos claramente a existência do tempo. No entanto, ele pondera sobre a possibilidade de o tempo ser diferente em outros locais. Por exemplo, uma pessoa pode sentir que ficou horas em um local quando na verdade passaram apenas alguns minutos. Essa percepção subjetiva do tempo levanta questionamentos sobre como diferentes dimensões podem afetar a experiência temporal.

A Conexão entre Passado, Presente e Futuro

O autor comenta sobre relatos de pessoas que afirmam não haver passado, presente e futuro em determinados estados ou ambientes. Embora seja um mistério para ele, ele reconhece que existe uma ligação entre as pessoas e esses estados. Cita o exemplo de alguém que teve um pressentimento sobre a morte de um ente querido antes de receber a notícia. Esses fenômenos desafiam nossa compreensão convencional do tempo e nos convidam a refletir sobre sua natureza.

O Tempo Linear e Além do Véu

O autor concorda com a ideia de que há uma peça no tempo linear além do véu, onde passado, presente e futuro estão interligados e não são entidades separadas. No entanto, ele reconhece a limitação de compreender essa complexidade dentro dos paradigmas de nossa existência na terceira dimensão. Ele ressalta a importância de não reduzir essa realidade complexa para caber em nossas concepções limitadas.

Experiências Traumáticas e a Natureza da Realidade

O autor aborda o tema das experiências traumáticas e sua relação com a realidade. Ele comenta sobre uma conversa com uma mulher que teve um sonho sobre o roubo da casa de um amigo, e no dia seguinte descobriu que o roubo realmente ocorreu. Isso levanta a possibilidade de acesso ao futuro por meio de sonhos ou outras experiências. Embora seja um mistério, o autor acredita na sinceridade das pessoas que compartilham esses relatos.