A Natureza de Deus e a Dissociação da Lógica Humana
Este post é o resumo de uma parte de uma palestra de Jan Val Ellam disponível no YouTube sobre o assunto “Deus não age no caos”.
Resumo
Neste vídeo, Jan Val Ellam discute a relação entre Deus e o caos. Ele menciona que a concepção de Deus pelos seres humanos está dissociada da razão e da lógica. Também explora a ideia de que Deus não age diretamente no caos, mas permite que as leis naturais e as escolhas humanas determinem os resultados.
Destaques
- Deus não age no caos, mas permite que as leis naturais e as escolhas humanas determinem os resultados.
- A concepção de Deus está dissociada da razão e da lógica humana.
- Estamos condicionados a associar Deus a nossas fraquezas e expectativas.
- A relação com Deus não implica intervenção direta em nossas vidas.
- Questionar a ideia de um ser supremo guiar cada aspecto de nossa vida é um desafio.
- Nosso cérebro busca conforto na tutela de uma divindade superior.
- É necessário sair da zona de conforto e questionar as certezas acumuladas.
Índice
A Natureza de Deus e a Dissociação da Lógica Humana
Introdução
No contexto religioso, muitas vezes a concepção de Deus é dissociada das preocupações filosóficas relacionadas à razoabilidade, lógica e racionalidade humana. Neste post, exploraremos a maneira como utilizamos o conceito de Deus, analisando como nossa compreensão pode ser influenciada por condicionamentos e ideias pré-estabelecidas. Também discutiremos a questão da atuação divina em meio ao caos e as dificuldades em quebrar paradigmas relacionados à tutela divina.
Deus como Reflexo de Nossos Condicionamentos
- Nossa percepção de Deus muitas vezes é condicionada por nossas experiências, crenças e conceitos prévios.
- Atribuímos a Deus características que nos são familiares e compreensíveis, mesmo que não sejam necessariamente racionais.
- O condicionamento cultural e religioso influencia nossa forma de enxergar Deus e sua relação com o mundo.
A Dissociação da Lógica Humana
- Diante de situações complexas e aparentemente sem lógica, tendemos a recorrer a explicações baseadas na vontade divina.
- Por exemplo, ao sobrevivermos a um acidente de avião, podemos interpretar isso como a vontade de Deus, mesmo que não haja um fundamento lógico para essa conclusão.
- No entanto, é importante refletir sobre a racionalidade de tais interpretações e evitar atribuir a Deus preferências humanas.
Deus Além das Aparências
- Algoritmicamente falando, fomos condicionados a associar Deus a ideias de potência, ciência e presença divina.
- Muitas vezes, enxergamos Deus como uma extensão de nós mesmos, projetando nossas feiuras e limitações em sua divindade.
- No entanto, Deus transcende nossa compreensão e é muito maior do que aquilo que podemos conceber.
A Atuação Divina em Meio ao Caos
- A afirmação de que “Deus não age no caos” pode ser interpretada de diferentes maneiras.
- Historicamente, diversas religiões definiram padrões de conduta e concepções sobre Deus que, em alguns casos, resultaram em sofrimento humano.
- No entanto, é necessário compreender que a relação entre Deus e o caos não é necessariamente direta.
A Criação do Universo e a Perfeição Divina
- O conceito de Deus como um ser perfeito em todos os atributos é uma construção posterior ao surgimento das religiões.
- Antes disso, existiam espiritualidades superiores que não se referiam a um Deus perfeito.
- O espiritismo, por exemplo, baseado em Allan Kardec, surgiu mais recentemente e trouxe uma visão específica sobre espiritualidade.
A Mente Humana e a Tutela Divina
- A mente humana foi condicionada ao longo do tempo a acreditar na tutela divina e em um ser superior que guia cada aspecto de nossas vidas.
- Romper com esse paradigma é uma tarefa complexa, especialmente em culturas profundamente enraizadas em religiosidade, como Portugal e Brasil.
- A oração e a conexão com o divino são formas de resgatar essa relação e buscar uma compreensão mais ampla.
Desconstruindo Paradigmas
- Não existem expectativas definidas sobre a espiritualidade, e é preciso buscar um novo entendimento além das certezas acumuladas.
- O cérebro humano não consegue distinguir entre parâmetros da mente e produz nossas preferências e crenças.
- É importante questionar nossas próprias convicções e estar abertos a novos entendimentos sobre a natureza de Deus.
Conclusão
A compreensão da natureza de Deus vai além das lógicas e condicionamentos humanos. Devemos estar dispostos a questionar nossas concepções prévias e buscar um entendimento mais amplo e aberto. A tutela divina e a atuação de Deus em meio ao caos são questões complexas e não podem ser reduzidas a explicações simplistas. Ao desconstruir paradigmas e romper com ideias pré-estabelecidas, podemos abrir espaço para uma relação mais profunda e significativa com o divino, baseada na busca pela verdade e na compreensão além das aparências.